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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Financiamento imobiliário com poupança bate recorde em 2010

Os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança atingiram R$ 56,2 bilhões em 2010, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O desempenho superou o registrado no ano anterior (R$ 34,0 bilhões) em 65% e bateu novo recorde.

Em números absolutos, as contratações feitas pelos agentes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) no ano corresponderam a 421,4 mil unidades --um aumento de 39% ante 2009.

"2010 foi o melhor ano da história para o setor imobiliário", afirmou o presidente da Abecip, Luiz Antonio França.

Ao todo, incluindo também os financiamentos com recursos do FGTS, as operações de crédito imobiliário contratadas em 2010 chegaram a R$ 83,1 bilhões, 67% a mais do que no ano anterior. Os dados da entidade mostram uma alta de 57% nos valores financiados para aquisição, que chegou a R$ 31,8 bilhões, ao mesmo tempo em que os recursos para construção somaram R$ 24,4 bilhões, com elevação de 76%.

De acordo com França, o forte crescimento nos financiamento à construção se deveu à recuperação da crise. "As construtoras venderam imóveis em estoque, em 2009, e não precisaram de tantos financiamentos, mas agora retomaram com tudo."

Além disso, houve no ano passado um aumento no valor médio financiado, para R$ 133 mil, 18,8% acima dos R$ 112 mil registrados em 2009. O percentual do financiamento em relação ao valor do imóvel subiu de 61,1%, em 2009, para 62%.

DEZEMBRO

Apenas em dezembro, os financiamentos atingiram R$ 6,16 bilhões, com crescimento de 61% ante o mesmo mês de 2009, registrando o melhor desempenho mensal do setor. O número de unidades financiadas ficou em 43,5 mil, contra 31,7 mil no ano anterior.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Governo sobe valor máximo do "Minha Casa, Minha Vida"

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) decidiu elevar nesta quarta-feira o preço máximo dos imóveis enquadrados no programa "Minha Casa, Minha Vida". O teto para imóveis localizados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil, informou a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego, após reunião do Conselho, em Brasília.

Nas demais capitais, o valor máximo do imóvel dentro do programa foi elevado de R$ 100 mil para R$ 150 mil.

Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passará de R$ 80 mil para R$ 130 mil.

Outra mudança acertada foi a elevação do valor máximo para cidades com população a partir de 50 mil habitantes, de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Para os demais municípios, o valor segue em R$ 80 mil.

A justificativa do órgão para o aumento do teto é proporcionar a equivalência aos valores praticados no mercado imobiliário e pretende cobrir o deficit na habitação popular.

Segundo o presidente do conselho, o também Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, desde 2007 não havia reajuste desses valores. "No Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os imóveis têm valores bem mais altol do que a média nacional", explicou Lupi.

RENDA

Segundo a assessoria de imprensa do Conselho, a renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos continua em R$ 4.900 para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e R$ 3.900 para as demais regiões do país.

As operações de financiamento na área habitacional popular destinam recursos à população de baixa renda. A taxa nominal de juros das operações é fixada em 6% ao ano + TR (Taxa Referencial), que indexa a maioria dos contratos de financiamento imobiliário, sendo que essa taxa pode chegar a 5% com subsídio para famílias com renda de até R$ 2.790.

O FGTS pode financiar até 90% do valor de imóveis novos ou usados, sendo o prazo de pagamento em até 30 anos. A resolução do Conselho entra em vigor a partir da sua publicação, quando a Caixa começa a operar com os novos valores.