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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Segurança residencial avança com fechaduras digitais


As fechaduras digitais são um item de segurança eletrônica comum em estabelecimentos comerciais, mas o uso deste tipo de dispositivo em residências ainda não é popular no Brasil. Este tipo de fechadura substitui as tradicionais chaves por senhas, leitura de impressões digitais e cartões. Poucas pessoas sabem que esta mesma tecnologia que é usada em lojas e escritório pode ser aplicada em suas casas para controlar a entrada e saída de pessoas.

Os dados colhidos em 2010 pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas de Segurança Eletrônica (ABRESE) indicam que 90% do consumo de equipamentos de controle de acesso pelo uso de cartões, número de identificação pessoal e equipamentos biométricos (impressão digital, íris, voz, palma da mão e facial) é originário do setor não-residencial.

Segundo Siegfried Jorge, gerente de marketing e produtos da YALE La Fonte, empresa fabricante de fechaduras digitais, o produto surgiu no Brasil há 11 anos, mas apenas nos últimos três tem se tornado mais procurado. Ele ressalta que os modelos para residências são feitos para atender menor número de usuários, ao contrário dos instalados em escritórios, por exemplo.

"O modelo ideal depende do tipo de controle de acesso desejado, do fluxo de pessoas e da necessidade de integração com outros sistemas. Em geral, os modelos para aplicação residencial são de baixo fluxo, ou seja, não precisam atender a um grande número de usuários, além de também exigirem baixa integração com outros sistemas", explica.



Existem basicamente dois tipos de fechaduras digitais, as de sobrepor sem maçaneta e as que são embutidas com maçaneta e substituem as fechaduras mecânicas. O modelo YDM3109 de embutir da Yale, representado à esquerda na imagem acima, custa R$ 1.920,00. A fechadura de sobrepor à direita, modelo YDR2108, também da Yale, tem preço sugerido em R$ 1.030,00.



De acordo com Siegfried Jorge, a fechadura digital de sobrepor é aplicada em conjunto com uma fechadura mecânica convencional e funciona como uma fechadura auxiliar. No caso de portas do tipo pivotante, ela atua em conjunto com os puxadores. Já as de embutir com maçaneta substituem totalmente as fechaduras mecânicas comuns.

Os dois tipos controlam a abertura das portas a partir de sistemas eletrônicos como a leitura de impressões digitais (biometria), senha numérica, chave digital (i-button), cartão digital ou ainda chave mecânica. Os modelos mais modernos são os que utilizam a biometria e mais de um sistema de identificação combinados, ou seja, para abrir a porta é preciso usar um cartão de segurança e uma senha ou a impressão digital e uma senha.

Algumas fechaduras digitais contam ainda com uma tecnologia conhecida como senha falsa para evitar que pessoas ou câmeras de monitoramento gravem as senhas dos moradores ao acompanhar a digitação. O gerente de marketing e produtos da YALE La Fonte menciona alguns cuidados que os usuários de fechaduras digitais devem ter.

"Os modelos acionados por cartões ou chaves eletrônicas devem ser utilizados com o mesmo cuidado que uma fechadura mecânica, pois qualquer um que estiver com o cartão ou chave eletrônica poderá abrir a porta. A vantagem é que o cartão ou chave eletrônica não podem ser copiados, além de poderem ser descadastrados em caso de perda ou roubo", argumenta Siegfried. Ele também cita que as fechaduras por leitura biométrica só podem ser abertas por pessoas cujas digitais foram previamente cadastradas na memória da fechadura.

Outros mecanismos destes equipamentos são teclado em touch-screen, guia sonoro que identifica e confirma cada operação feita na fechadura digital e facilita o uso dela por pessoas portadoras de deficiência, alertas que disparam caso o equipamento sofra uma tentativa de violação e função antipânico, que promove a abertura rápida da porta em emergências.

Nem todos os modelos de fechaduras digitais podem ser integrados com sistemas de alarme. Para Siegfried Jorge, o equipamento é capaz de garantir a segurança da casa sozinho, mas de acordo com a necessidade do cliente pode ser ligado a alarmes ou com sistemas de automação residencial.




quinta-feira, 21 de julho de 2011

Promessa de R$ 70 mi do Estado para Itaquerão foi feita às pressas

A decisão do Governo de São Paulo de bancar a finalização do Itaquerão, patrocinando a instalação e desmontagem de 20 mil assentos, foi tomada sem o aval do governador Geraldo Alckmin. O autor da promessa de garantir os custos de cerca de R$ 70 milhões foi o secretário estadual de planejamento Emanoel Fernandes, que também chefia o comitê estadual da Copa, no Estado.

“Quando fomos ao Rio de Janeiro (11/07) e a Odebrecht ofereceu as garantias financeiras para o estádio, percebemos que os assentos removíveis não estavam nesse orçamento. A Odebrecht só dá garantias para 48 mil lugares. Daí, oferecemos essa possibilidade, mas nem cheguei a falar com o governador e nem sabemos como fazer esse investimento”, disse Fernandes a UOL Esporte.

O curioso é que nem a Odebrecht, nem o Corinthians, em sua nota oficial que celebrou o acordo com a construtora, avisou que o orçamento “fechado” de R$ 820 milhões cobria apenas os 48 mil lugares e não os 65 mil exigidos para abertura da Copa-2014. As partes omitiram a participação do governo estadual, assim como a Prefeitura de São Paulo, que está ligada ao empreendimento por ter concedido R$ 420 milhões na forma de incentivos fiscais.

A reportagem entrevistou Gilmar Tadeu Ribeiro, secretário municipal para a Copa do Mundo, dois dias depois da reunião em que foram apresentadas ao Comitê Organizador as garantias financeiras do Itaquerão. No encontro com os cartolas, no Rio de Janeiro, o Comitê Paulista detalhou como seria a construção do estádio e incluiu nessa apresentação a informação de que o Estado bancaria os 20 mil lugares.

Mesmo ciente da participação do Estado, Gilmar Tadeu Ribeiro respeitou o fato de que a gestão Alckmin não havia feito a divulgação do investimento e omitiu o projeto na entrevista. O Estado diz que vai investir em uma obra removível para se livrar do enquadramento legal de usar dinheiro público em obra privada.

O secretário Emanoel Fernandes chegou a dizer que pode recorrer até mesmo a um “tipo de patrocínio para viabilizar o investimento nas cadeiras do estádio do Corinthians”. Em entrevista coletiva, o governador Geraldo Alckmin também relativizou o problema.

“Eu quero reiterar o que tenho dito. Não terá um dinheiro do Governo do Estado de São Paulo em estádio privado. A abertura é importante para São Paulo e para o Brasil. O evento da abertura da Copa você monta e desmonta”, disse Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva.

O discurso montado pelo Governo foi ecoado também na seguinte direção: “o Corinthians nunca quis abrir a Copa do Mundo em São Paulo. Como foi uma exigência do governo do Estado, nada mais justo que o clube fosse beneficiado com uma ajuda oficial”, revelou um executivo, na condição de anonimato. “A nação corintiana queria, a opinião pública queria abrir a Copa. Por isso, o governo se sentiu na obrigação de ajudar”, finalizou a fonte.

O custo de R$ 70 milhões, fornecido por uma pessoa ligada às obras, confere com as cotações feitas pelo secretário Fernandes, com uma pequenas diferença: o secretário não orçou o desmonte da estrutura, que corresponde a cerca de R$ 25 milhões.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Governo do Estado vai bancar 20 mil lugares do Itaquerão com R$ 70 milhões

A Odebrecht revelou, nesta quarta-feira, que o orçamento de R$ 820 milhões previsto para o Itaquerão não será suficiente para erguer um estádio capaz de receber a abertura da Copa. Contrariando tudo que vinha sendo dito até então, a empresa e o Corinthians divulgaram que o preço banca uma obra para 48 mil pessoas. Para chegar a 68 mil pessoas, capacidade necessária para o jogo inaugural, vai ser necessário um investimento de R$ 70 milhões do Governo do Estado de São Paulo. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento de São Paulo, Emanoel Fernandes, confirmou as informações no final da tarde desta terça-feira (20/7).

Inicialmente, a informação foi divulgada por Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da Odebrecht, em entrevista à rádio CBN, e depois foi confirmada pelo UOL Esporte com executivos da construtora. O orçamento de R$ 820 milhões, que soma incentivos fiscais da prefeitura a um empréstimo do BNDES, será usado para erguer um estádio de apenas 48 mil lugares.

Para servir à abertura da Copa do Mundo, teria de haver uma ampliação. Essa alteração no projeto ficaria a cargo do Governo do Estado de São Paulo, que abriria uma licitação para colocar, cuidar durante a competição e, posteriormente, remover 20 mil lugares em uma arquibancada móvel.

A possibilidade já havia sido ventilada anteriormente, e chegou-se a cogitar que a Prefeitura bancaria a operação, como publicou o Blog do Perrone. O investimento em uma obra privada não traria problemas à gestão Alckmin, avaliam os responsáveis, porque as arquibancadas seriam usadas apenas para a abertura da Copa, e não ficariam como benefício para o Corinthians.

Até esta quarta-feira, nenhuma das partes envolvidas havia mencionado a participação do governo estadual. A empreiteira também confirmou a engenharia por meio de sua assessoria de imprensa.

A reportagem enviou um e-mail para Luis Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Corinthians, questionando sobre a veracidade da proposta. A resposta do cartola foi sucinta. “Perfeito!”, escreveu Rosemberg, dando a entender que o Governo do Estado vai mesmo investir no Itaquerão.

O argumento do Governo do Estado, segundo apurou a reportagem, é de que o Corinthians não queria um estádio de 68 mil pessoas, que comportasse a abertura. Para garantir o jogo inaugural, a gestão Alckmin teria se disponibilizado a entrar no negócio.

O problema é que essa ideia contraria tudo o que vinha sendo repetido pelo Corinthians. Até então, o presidente Andrés Sanchez dizia que o gasto público com o estádio só havia saído do controle por conta da ampliação para 68 mil lugares. O plano da construção atual, no entanto, mostra que o aumento de 20 mil lugares, na verdade, não está incluído no orçamento de R$ 820 milhões, mas será bancado pelo Governo.

Com estádio resolvido, São Paulo é favorita para receber abertura da Copa, diz ministro

A cidade de São Paulo aparece como favorita para receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 depois de resolver a equação de seu estádio, disse nesta quarta-feira o ministro do Esporte, Orlando Silva.

"São Paulo tem o maior número de hotéis, é o destino da maior parte dos voos internacionais, tem melhor infraestrutura, os melhores serviços, é evidente que a maior cidade do Brasil é favorita em qualquer cenário para receber a abertura", afirmou o ministro, durante evento no terreno onde está sendo construído o novo estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste da capital paulista.

"São Paulo tinha uma indefinição: não tinha equacionado o tema estádio, e agora o tema já está equacionado", acrescentou o ministro, que pediu à Fifa que antecipe o anúncio do local do jogo de abertura da Copa, marcado para outubro. Os outros concorrentes a receber o jogo inaugural do Mundial são Brasília, Salvador e Belo Horizonte. "Na medida em que as quatro cidades resolveram o tema estádio, quanto antes decidir onde será a abertura, melhor", afirmou.

O ministro esteve no terreno do Itaquerão para uma solenidade em que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou a lei que prevê incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para a construção do estádio do Corinthians. O prefeito vetou o artigo que condicionava a disponibilidade dos incentivos ao fato de a cidade ser escolhida como sede da abertura.

Kassab explicou que o primeiro jogo da Copa gera investimentos paralelos e representaria uma receita de R$ 1,5 bilhão para a cidade. Caso não seja escolhida para o jogo da abertura, o prefeito estima que a capital paulista receba entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões em receita.

Também presente na cerimônia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o Estado será responsável pelas obras de mobilidade urbana em torno do estádio. "Vai ser um legado enorme em termos de transporte para a zona leste", afirmou. O Corinthians anunciou na terça-feira que chegou a um acordo com a empreiteira Odebrecht para a construção do estádio nos moldes exigidos pela Fifa para a abertura do torneio, após negociações que se estenderam por quase um ano. O acordo, porém, ainda não foi assinado.

Kassab assina isensão fiscal para Itaquerão, e Andres chora

Em evento recheado de políticos e cartolas, o prefeito Gilberto Kassab confirmou a expectativa da torcida corintiana e assinou nesta quarta-feira a lei que pode conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para o clube do Parque São Jorge construir o seu estádio na zona leste de São Paulo, orçado em R$ 820 milhões. No momento em que recebeu o documento oficialmente sancionado, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, chorou.

Como já havia declarado, Kassab vetou o artigo proposto pela Câmara Municipal de só liberar o benefício mediante a confirmação da abertura da Copa do Mundo de 2014 na capital paulista. Brasília, Belo Horizonte e Salvador também concorrem.

"As isenções justificam o investimento na região, independentemente do jogo inaugural. Mas, com a abertura, a receita gerada será de R$ 1,5 bilhão. Sem ela, ficará entre R$ 700 e 800 milhões", declarou o prefeito.

Ele ainda citou a F-1 no autódromo de Interlagos para argumentar a situação. "Todo ano, são investidos R$ 30 milhões para o evento, mas o lucro é de R$ 100 milhões".

Segundo Andres Sanchez, o valor da retirada dos dutos da Petrobras já está incluído no preço total de R$ 820 milhões da obra da arena. Técnicos da construtora Odebrecht, porém, alegam que isso ainda não entrou na conta.

Também presente, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou que enviou nesta terça um documento para o presidente do COL (Comitê Organizador Local do Mundial), Ricardo Teixeira, decidir o palco da abertura da maneira mais rápida possível, antes de outubro (novo prazo), para não atrapalhar o planejamento do país.

"O estádio de São Paulo é um assunto resolvido. Vamos virar a página", acrescentou.








Kassab assina lei do Itaquerão e Andrés diz que maioria da torcida justifica estádio

O prefeito Gilberto Kassab, como era esperado, assinou nesta quarta-feira a lei que pode conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para o Corinthians construir o seu estádio. Festejado no evento recheado de políticos, Andrés Sanchez comemorou a “conquista da cidade”, e usou a maioria corintiana entre a população para justificar a posse do empreendimento.

“Quem criticou por achar que é só do Corinthians vai ver o pólo [econômico] que isso vai se tornar. É justo que ele [estádio] seja do Corinthians já que a maioria é corintiana”, disse o mandatário alvinegro, na celebração da lei no terreno do estádio.

O tom de que toda a cidade ganhou no processo dominou os discursos. Além de Kassab e Andrés, Orlando Silva Jr. (ministro do Esporte), Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) três secretários municipais e vários vereadores, entre outros político, estiveram presente.

A assinatura de Kassab ratifica o processo de construção do Itaquerão. Depois de meses de indefinição, o Corinthians conseguiu unir os incentivos da Prefeitura com o empréstimo que deve vir do BNDES e fechou o orçamento em R$ 820 milhões.

Além disso, conseguiu a aprovação da Fifa para as garantias financeiras, dando um grande passo para que o Itaquerão seja escolhido como sede da abertura - o anúncio será feito em outubro. O clima de otimismo contagiou até Geraldo Alckmin, que relembrou o histórico futebolístico da cidade para celebrar mais um avanço na construção do estádio.

"São Paulo é o berço do futebol. Foi aqui que teve a primeira partida, com Charles Milller. Agora a Zona Leste vai ter um empreendimento e um estádio à altura do seu potencial", disse o governador.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Itaquerão deve ser anunciado sede da abertura da Copa nesta 4ª

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, telefonou agora há pouco para o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para dar os 'parabéns' pelo fato de o Corinthians e a Odebrecht terem apresentado hoje à Fifa as garantias financeiras para a construção do estádio de Itaquera. Com isso, as chances de que São Paulo seja a sede da abertura da Copa de 2014 estariam garantidas.

Alckmin recebeu também telefonemas do ministro Orlando Silva, do Esporte, e de Andres Sanchez, presidente do Corinthians.

Teixeira, o ministro Orlando e Sanches telefonaram também para o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo. E avisaram que o anúncio de que São Paulo abrigará a abertura deve ser feito mesmo amanhã [quarta-feira].

Odebrecht fecha preço para obras do Itaquerão em R$ 820 milhões

O preço fechado para as obras do Itaquerão foi fixado em R$ 820 milhões, incluindo projeção inflacionária de aproximadamente 17%, nos próximos três anos. A informação vem de um negociador que atua entre a Odebrecht, Corinthians e o sistema financeiro. O valor livra o clube de bancar uma parte extra do orçamento. A conta já está fechada: R$ 400 milhões sairão do BNDES e R$ 420 milhões serão captados pela venda dos títulos municipais, emitidos pela Prefeitura de São Paulo.

Pela manhã, o diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, afirmou que o contrato com a Odebrecht não havia sido assinado, ainda, porque o clube não aceitava um "preço aberto, com inflação projetada de 20 por cento". Perguntado sobre o preço final, Rosenberg disse que poderia ficar próximo de R$ 900 milhões: "mais ou menos isso, porque R$ 50 milhões não fazem tanta diferença assim".

O BNDES informou no começo da noite (12/07) que apenas oito sedes haviam pedido formalmente o empréstimo de R$ 400 milhões (por sede) para construção de arenas da Copa-2014. A Odebrecht e o Corinthians ainda não entraram com pedido de financiamento do estádio de Itaquera, Zona Leste da capital paulista.

Segundo outra fonte do sistema financeira, que acompanha de perto as negociações, a construtora Odebrecht dará as garantias necessárias para a obtenção do empréstimo junto ao BNDES.

"Já está decidido: uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) será criada. O empréstimo sairá em nome dessa sociedade entre Corinthians e uma das empresas do grupo Odebrecht. O grupo entrará com as garantias necessárias", revelou a fonte.

Apesar da conta redonda do orçamento, o contrato ainda não foi assinado.

Odebrecht pede valor do Itaquerão "aberto"; Corinthians quer impôr limite

O último impasse para a conclusão do contrato do Itaquerão, futuro estádio do Corinthians, é o valor final do orçamento da obra. Com o projeto definido em cerca de R$ 850 milhões, a construtora Odebrecht e o clube divergem sobre a possível imposição de um montante limite.

As duas partes concordam que o valor vai aumentar naturalmente por conta da inflação. O Corinthians defende um teto de 20% de aumento até a conclusão da obra. O valor seria decorrente de um encarecimento esperado dos insumos da construção e, em uma projeção média, atingiria os R$ 950 divulgados pelo UOL Esporte na última segunda.

Já a Odebrecht quer que o valor do contrato fique aberto. Dessa forma, ela pode readequar o orçamento caso aconteça algum imprevisto no caminho.

A informação foi confirmada à reportagem por Luís Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Corinthians. O cartola compareceu, nesta terça, ao lançamento do filme 4xTimão, que reconta a história dos quatro títulos brasileiros do clube.

Na última segunda, Rosemberg esteve no Rio de Janeiro em uma reunião com o Comitê Organizador. Nela, apresentou a engenharia financeira montada pelo clube e pela Odebrecht para erguer o Itaquerão. Além disso, ainda forneceu dados sobre o cronograma de todas as obras relacionadas ao estádio.

A engenharia financeira montada pelo clube mistura financiamento público e privado. Do valor total, R$ 420 milhões seriam bancados pelos incentivos fiscais concedidos pela Prefeitura. Os R$ 400 milhões do empréstimo do BNDES, por sua vez, seriam bancados por um fundo de investimento aberto a grandes investidores.

O restante da conta seria pago pelo próprio Corinthians, com a venda de naming rights da arena e outras ações de marketing com o Itaquerão, como a venda de camarotes.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fifa recebe garantias do Itaquerão, que dá passo para ser abertura

A Fifa confirmou, nesta segunda-feira, ter recebido as garantias financeiras do Corinthians para a construção do Itaquerão. A engenharia financeira montada pelo clube foi apresentada em uma reunião na sede do Comitê, no Rio de Janeiro. Se os termos forem aprovados pela entidade nos próximos dias, o estádio alvinegro dá um passo largo para ser confirmado para o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014.

A reunião no Rio de Janeiro contou com a presença de Luis Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Corinthians, o secretário de Copa do Mundo da cidade de São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro, e dirigentes do Comitê Organizador, além de representantes da Odebrecht e outros dirigentes.

Nesta segunda-feira se encerrava o prazo para a apresentação das garantias financeiras do estádio, grande empecilho para o avanço das obras. O Comitê Organizador confirmou o processo em seu site oficial, sem dizer exatamente em quanto tempo o documento apresentado pelo clube será avaliado.

Segundo o discurso do Corinthians, a Fifa já havia dito que só faltava a comprovação da viabilidade econômica para a homologação de São Paulo como sede da abertura. Rosemberg acredita, inclusive, que esse anúncio oficial pode acontecer antes de outubro, data estabelecida oficialmente pela entidade.

A proposta apresentada, no entanto, é complexa. A Odebrecht fechou o orçamento em cerca de R$ 950 milhões. Deste valor, R$ 420 milhões viriam dos incentivos fiscais oferecidos pela Prefeitura de São Paulo. Apesar do órgão público acreditar que os Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento (CID's) teriam de ser vendidos mais baratos no mercado, atingindo cerca de R$ 300 milhões, a empreiteira quer arrecadar o valor máximo dos papeis, apostando na especulação imobiliária como força de convencimento.

Outros R$ 400 milhões viriam do BDNES, que não aceita o patrimônio do Corinthians ou a formação de uma empresa de propósito específico como garantias. Na proposta atual, o Banco do Brasil serviria como agente repassador do empréstimo para um fundo de investimentos aberto para grandes investidores. A reportagem do UOL Esporte não confirmou, no entanto, se o BNDES já aceitou a engenharia.

Os R$ 130 milhões restantes ficariam sob a responsabilidade do Corinthians, que pagaria esse montante com verba de naming rights do estádio, renda proveniente do Itaquerão e dos camarotes. O clube e a Odebrecht já estão trocando as primeiras minutas de contrato para a obra em si. Caso o Comitê aprove a garantia apresentada em tempo hábil, a assinatura deve sair até agosto.

Mesmo com PPP, verba pública banca estádios da Copa

O dinheiro público está bancando mais de 60% das obras de estádios da Copa-2014 erguidos com as PPPs (parcerias público-privadas), informa reportagem de Fernanda Odilla, publicada na edição desta segunda-feira da Folha.

O grupo do Ministério Público Federal que acompanha a preparação do evento diz que isso desvirtua o modelo, no qual o setor privado financia e executa determinada obra ou serviço em troca do direito de concessão.

No caso mais grave, o setor público se comprometeu com 80% do orçamento da reconstrução do estádio da Fonte Nova, em Salvador. Os procuradores têm recomendado ajustes nos contratos para minimizar riscos às sedes do Mundial.

Mesmo tendo optado pela PPP, os governos de Bahia, Ceará e Pernambuco receberam um financiamento total de R$ 1 bilhão do BNDES para erguer arenas que vão custar, juntas, R$ 1,76 bilhão. Nos três casos, a verba pública ultrapassa 60% do orçamento dos estádios.

O banco de fomento da União ainda analisa pedidos para as arenas de Minas Gerais e do Rio Grande do Norte. Bahia e Ceará contraíram empréstimos para repassar o dinheiro às parceiras privadas. Pernambuco vai usar a maior parte da verba para ressarcir o que foi investido.

OUTRO LADO

Responsáveis pela Copa-2014 na Bahia, no Ceará e em Pernambuco dizem cumprir a legislação com rigor.

Os governos informam que o modelo de parceria (público-privada) foi aprovado pelo BNDES, que criou um financiamento específico para o Mundial no Brasil.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Odebrecht bate o pé em orçamento de R$ 1 bilhão e irrita Corinthians

O Corinthians sofreu nesta quinta-feira um grande revés para a construção do seu estádio no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A construtora Odebrecht decidiu não aceitar a Serpal como participante do projeto e divulgou internamente que o orçamento da obra ficará um pouco acima de R$ 1 bilhão, com possibilidade de reajustes, caso surjam problemas a partir da segunda fase da terraplanagem. Assim, aumentam as dúvidas sobre se o Itaquerão estará apto a receber a abertura da Copa do Mundo de 2014.

“Os conselheiros do Corinthians vão levar um susto enorme. Isso parece um incêndio, seguido por dilúvio”, comparou uma fonte ao UOL Esporte. A informação foi recebida pelo diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg, na hora do almoço, “e o ambiente ficou muito ruim. A proposta da Odebrecht não ajuda ninguém”, disse um executivo que participa dessa negociação entre bancos, construtoras e o Corinthians.

Após o almoço, Rolemberg negou que tivesse conversado sobre a obra por telefone:

"Ainda estamos negociando para baixar o preço. Não recebi telefonema sobre o valor final da arena", disse o diretor de marketing corintiano.

“Pela proposta da Odebrecht”, explicou a fonte, “o preço final pode subir se algum problema não previsto surgir. A empresa bancaria o empréstimo junto ao BNDES (de R$ 400 milhões), usaria o limite de R$ 420 milhões de isenção concedido pela Prefeitura e o Corinthians ainda teria de arrumar mais R$ 300 milhões para fechar a conta acima de R$ 1 bilhão”.

O Corinthians contava com a participação da Serpal para diminuir o valor das obras para algo em torno de R$ 700 milhões. O drama da engenharia financeira teve um efeito explosivo nas relações dos principais interessados na obra. O BNDES e o Banco do Brasil não aceitam o Corinthians como garantia.

Um especialista em finanças explicou que o plano de captação de dinheiro no mercado, montado pela Odebrecht, previa o funcionamento de um " fundo imobiliário de risco casado com alta rentabilidade" . As cotas desse fundo seriam vendidas no mercado e a construtora garantiria o fluxo de capital, caso o Corinthians tivesse algum problema de caixa. O pacote montado incluia, além da renda gerada pelo clube, nos próximos seis anos, a negociação dos certificados de isenção de impostos, emitidos pela Prefeitura.

"O BNDES só aceita garantias reais. Desde o primeiro encontro, era sabido que o Corinthians não teria como garantir o empréstimo", contou o especialista em finanças. "A negociação continua e o tempo também vai passando", concluiu a fonte.

A dificuldade aumenta ainda mais para o clube paulista que teria de arcar com uma dívida de R$700 milhões e a renda para isso viria da exploração comercial total da nova arena, incluindo aluguel da praçca para lançamentos de produtos de bom preço no mercado, como carros e outros bens duráveis. Mas o protocolo do BNDES é claro: "serão aceitas apenas garantias reais" e não virtuais ou futuras.

"Nada que é do Corinthians pode ser aceito como garantia. Rendas futuras, marketing, e direitos sobre o nome comercial da nova arena (naming rights) não significam nada para o sistema financeiro”, garantiu outra fonte sob a condição de seu nome ser mantido sob sigilo.

O protocolo de empréstimo do BNDES estabelece que, se a empresa contratante estiver na Bolsa de Valores com ações no primeiro mercado, a garantia real será de 100 % do valor emprestado. Se a empresa contratante não estiver na Bovespa, a garantia exigida chega a 130% do valor total da operação.

Banco exige juro alto para repassar financiamento ao Fielzão

Alternativa após o Banco Votorantim se afastar das negociações, o Banco do Brasil ainda não chegou a um acordo com o Corinthians e Odebrecth para repassar o empréstimo do BNDES de R$ 400 milhões para a construção do Itaquerão. A negociação entre o clube, a construtora e o banco passa por um 'estresse tremendo', de acordo com um dos executivos que participa das conversas.

O Banco do Brasil exige remuneração considerada alta pela empreiteira e pelo clube para fazer o negócio --mais de 1%. Alega que os riscos da operação justificam a cobrança.

O BNDES não aceita dar o recurso para o fundo formado pela Odebrecht e pelo Corinthians para construir a arena. Só aceita liberar dinheiro para a própria empreiteira, sem o clube. Ou para um repassador confiável, como o BB --que, no entanto, também prefere assinar negócio só com a empresa, sem o Corinthians.

Kassab liberará benefícios ao Itaquerão mesmo sem abertura

O prefeito Gilberto Kassab vetará o artigo que condiciona a liberação dos benefícios fiscais ao estádio do Corinthians, em Itaquera, à abertura da Copa do Mundo de 2014. O argumento que adota é o de que não será culpa do clube paulista se a Fifa eventualmente optar por Belo Horizonte, Salvador ou Brasília como palco para a primeira partida do Mundial. O prefeito sancionará a lei até o começo da próxima semana, em evento na própria região de Itaquera.

A informação está na coluna Painel FC, assinada por Eduardo Ohata e Bernardo Itri, publicada nesta quinta-feira pela Folha

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PRAIA PARTICULAR DE LUCIANO HUCK – LAR DOCE LAR ?

Luciano Huck foi condenado pela Justiça Federal de Angra dos Reis (RJ) por ter improvisado uma praia particular em sua casa na Ilha das Palmeiras. Ele fez um cercadinho no mar, colocando boias para afugentar pessoas.

Há várias ilhas e praias cujos acessos são criminosamente impedidos. O artifício é, quase sempre, o mesmo: Colocar uma rede fajuta na frente da praia e dizer que está desenvolvendo maricultura.

O objetivo, claro, é não deixar ninguém chegar perto. Proibir acesso a praias é proibido por lei.

Após inauguração, carros ainda não circulam pela maior ponte sobre o mar

Pequim, 6 jul (EFE).- Embora a mais longa ponte sobre o mar do mundo, de 42 quilômetros, tenha sido inaugurada em 30 de junho na cidade chinesa de Qingdao, os automóveis seguem sem poder circular por ela, que ainda não está finalizada, revela nesta quarta-feira um diário de Hong Kong.

Segundo o periódico "South China Morning Post", ainda há algumas cercas protetoras por colocar e até alguns buracos na ponte, e, de acordo com engenheiros da obra, ainda levará dois meses para que a estrutura possa ser usada pelo tráfego.

A ponte foi inaugurada com uma grande cerimônia que coincidiu com o dia de entrega do trem de alta velocidade Pequim-Xangai, as duas na véspera do 90º aniversário do Partido Comunista da China (PCCh).

Os engenheiros, que também falaram com a televisão estatal chinesa "CFTV", reconheceram que os trabalhos da ponte estão apenas "99,5% completados" e que, por exemplo, também não está instalado o sistema de iluminação na estrutura, muito necessário em uma região na qual o nevoeiro é muito frequente.

A ponte, com investimento de US$ 2,3 bilhões e quatro anos de trabalho, liga o centro da cidade com o subúrbio de Huangdao, nos dois lados da baía de Jiazhou.