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domingo, 28 de outubro de 2012

Singapura abriu uma nova maravilha ao mundo

O parque do Céu. As arenas da baia do porto estão situadas a uma altura de 200 metros sobre três arranha céus, que servem como pilares. Aqui estão os casinos, bares e restaurantes mais caros do mundo, como tambem a piscina suspensa ao ar livre maior do mundo com 150 metros de largura e inclui um museu de arte moderna.

sábado, 27 de outubro de 2012

Ao invés de abolir, o Brasil está exportando “quarto de empregada”

Incomoda-me bastante que muitas plantas de apartamentos ainda tenham o “Quarto de Empregada” destacado, ao lado da cozinha e da lavanderia – versão contemporânea da senzala. Como já disse aqui anteriormente, a crítica pode parecer besta, mas isso é carregado de simbolismo e, portanto, fundamental, herança da escravidão oficial, que moldou o nosso país. Aquele tantinho de espaço ao lado das vassouras, rodos e produtos de limpeza, destinado à criadagem me irrita. Peço perdão aos amigos que, por contingências do emprego, utilizam esse tipo de serviço, mas creio que retomar a análise é válido.
 
- Ah, mas ela é minha empregada e não uma pessoa da família.

Tenho vontade de jogar um litro de cândida na cabeça da “sinhá” que solta um “minha” empregada, como se fosse uma tábua de passar roupa, um objeto pessoal. Bem, daí você já retira o naipe do interlocutor.
 
- Ah, e onde você quer que ela durma? Junto com as outras pessoas da casa?!

O ideal seria que ganhasse o suficiente para ter sua própria residência (lembrando que as empregadas domésticas contam com menos direitos trabalhistas que o restante dos trabalhadores), que não morasse nas franjas da cidade (para onde empurramos sistematicamente os mais pobres) e pudesse se deslocar para o emprego por um sistema de transporte coletivo de qualidade. E, nos casos eventuais de dormir na casa dos patrões, deveria compartilhar um espaço mais digno que o furúnculo da casa, por exemplo, um cômodo como os dos demais moradores ou um quarto de hóspede. Você manda o seu hóspede dormir ao lado da máquina de lavar?
 
- Ah, mas ela prefere assim, pois se sente mais à vontade. Lá vê a novela.

Ah, pelo amor de Deus! Quem está acostumado à exploração, e não tem consciência disso, automaticamente se refugia no lugar em que, acredita, dever pertencer. Noves fora que há famílias que realmente não fazem o mínimo esforço para que a pessoa se sinta como igual. E, como sabemos, a novela só passa na TV do quarto de empregada.
 
Mudar isso significa um aumento no custo do trabalho doméstico que vai impactar diretamente no custo de vida de uma parcela da população, pressionando por aumento de salários de quem utiliza esses serviços e gerando demandas junto a empresas e governos. Mas se ignorarmos os direitos dessas trabalhadoras, estamos considerando que uma sociedade pode (continuar a) aceitar basear o seu crescimento sobre o esfolamento de um determinado grupo.
 
O ideal seria que transformações ocorressem baseadas em um processo de conscientização, mas – como sempre – isso virá como consequência de outras lógicas sociais e econômicas. Grande parte das mulheres mais pobres das novas gerações preferem outros empregos mesmo que opressores e mal remunerados (como atendentes de telemarketing) do que tentarem a sorte empregadas domésticas. Querem fugir do estigma social impostos às suas mães e avós, além de contarem com melhor formação educacional.
 
O custo de usar os serviços de uma empregada que durma no emprego está cada vez maior e, assim como aconteceu em outras partes do mundo, chegará o dia em que ficará proibitivo para uma grande camada da população. Nesse momento, muitos terão que dar um jeito de tocarem esses afazeres por si, demandando das empresas mais tempo livre, com redução de jornada, por exemplo.
 
Não é à toa que cresce o número de empregadas de países sul-americanos, como Bolívia e Paraguai. Elas não cruzam a fronteira apenas para se acabar de trabalhar em oficinas de costura, ocupando uma função que interessa cada vez menos os jovens brasileiros. Seguem também para residências.
E enquanto importamos mão de obra, os mais endinheirados – que continuarão por aqui com seus quartos de empregada – já exportam “habitações de serviço” para outros países…
 
O gancho de trazer novamente este assunto foi a coluna deste sábado (27) da jornalista Mônica Bergama, na Folha de São Paulo. Como sempre, vale a leitura pela deliciosa ironia que permeia o seu texto:
 
“Quartos de empregada para brasileiros em Miami”, coluna de Mônica Bergamo
 
Dona da Halmoral Group, que vende imóveis de Miami (EUA) para brasileiros, a empresária Gabriela Haddad diz que foi ela, e não Yael Steiner, diretora do Centro da Cultura Judaica, quem traduziu a expressão “habitação de serviço” para “quartinho de empregada” em leilão beneficente realizado pelo CCJ nesta semana. Quem comprasse um apartamento por R$ 6,4 milhões ganhava um crédito da incorporadora que poderia reverter para o centro.
 
Steiner disse que a informação, publicada pela coluna, era “boba e mentirosa”. “Inventar e ironizar negativamente como se fossemos fúteis e ridículos e na minha boca ainda?” Disse também que “jamais faria comentário vulgar e discriminatório”.
 
A frase foi dita. Ao assumi-la como sua, Gabriela Haddad disse que era necessário explicar “o contexto”.
 
O quarto de empregada é um diferencial importante do prédio apresentado, o Boutique Chateau Beach, que fica em Sunny Isles, Miami. É que, lá, esse tipo de habitação não existe. As funcionárias domésticas não dormem na casa dos patrões nem ficam à disposição 24 horas por dia, como muitas vezes ainda ocorre no Brasil.
 
“Eu trabalho em Miami há 20 anos. Houve um boom de brasileiros comprando imóveis lá [na década de 90], quando o dólar custava um real”, afirma. “E os incorporadores pediam dicas sobre o que o brasileiro gostaria de ter no apartamento. Eu disse: ‘Quarto de empregada!’”
Os brasileiros que compram apartamentos em Miami “levam cozinheira, babá, motorista”. Para abrigá-los, têm que reformar os imóveis. “Tem gente que compra dois apartamentos e junta só para fazer a habitação de serviço”, explica Gabriela.
 
“Não são só os brasileiros que gostam. Todo sul-americano está habituado com isso”, diz a empresária. “Só que, nos EUA, eles não estão acostumados. É o país deles. Então, poucos prédios têm o quarto de empregada.” No máximo, “uns cinco, o que para Miami não é nada”. Os que têm o diferencial “são muito concorridos”.
 
Gabriela Haddad acredita que foi possivelmente a primeira a dar a preciosa dica para as incorporadoras de Miami que querem conquistar os brasileiros -que nesta década voltaram a comprar na cidade. “Eles adoram, acham bárbaro”, afirma a empresária.
 
Fonte: Jornalista Leonardo Sakamoto

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Procuradoria aponta trabalho escravo em obra do Minha Casa, Minha Vida

Fiscais do Ministério Público do Trabalho encontraram indícios de trabalho análogo à escravidão em uma obra do programa Minha Casa, Minha Vida em Penedo (171 km de Maceió).
 
O Minha Casa, Minha Vida é o principal programa habitacional do governo federal.
 
As vistorias foram realizadas em setembro nas obras de construção de 75 casas em um condomínio batizado com o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva.
 
As casas são destinadas a famílias com renda de zero a três salários mínimos --a faixa de renda mais baixa atendida pelo programa.
 
João Leite, presidente da empresa responsável pelas obras, a Feulb (Federação das Entidades Comunitárias e União de Lideranças do Brasil), afirmou que houve exagero na classificação da situação e que as pendências já foram regularizadas.
 
Entre os problemas apontados pelo Ministério Público do Trabalho estavam falta de carteira assinada, pagamentos em atraso e feitos com vales, ausência de equipamentos de proteção, falta de água potável e moradia inadequada.
 
"O empregador cedeu, como alojamento, o interior de três unidades habitacionais ainda em construção", afirma o relatório da vistoria.
 
"Havia um número insuficiente de camas [....] Parte dos empregados dormia em colchões depositados diretamente sobre o chão sujo [...] Os trabalhadores realizavam suas necessidades fisiológicas no mato", informa texto da Procuradoria.
 
Em 13 de setembro, a empresa --que, segundo a Procuradoria do Trabalho, era reincidente-- firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o órgão.
 
"O processo encontra-se para análise do cumprimento das cláusulas [do TAC]", informou o Ministério Público.
 
OUTRO LADO
 
O presidente da Feulb, João Leite, afirmou que os trabalhadores eram registrados, e que apenas alguns terceirizados não tinham registro.
 
"Coincidiu de a vistoria ser no dia em que chegaram trabalhadores de Arapiraca [cidade da região] para ficar uma semana. Estávamos ainda providenciando acomodação para esse pessoal", disse.
Segundo Leite, a classificação de condições análogas à escravidão é "absurda".
 
"Não estavam trancados, ninguém era obrigado a ficar no canteiro de obras", disse.
"Havia pendências em relação a alguns funcionários, mas já regularizamos e levamos as comprovações ao Ministério Público do Trabalho."
 
Leite afirmou ainda que as 200 casas da primeira etapa do empreendimento já estão prontas e habitadas, e que a segunda etapa será finalizada em até 15 dias. (REYNALDO TUROLLO JR.)
 
Fonte: Folha de Sao Paulo

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Minha Casa, Minha Vida eleva limite de imóvel financiado para R$ 190 mil

O conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) elevou o valor máximo dos imóveis financiados de R$ 170 mil para R$ 190 mil pelo programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. O novo teto vale para o Distrito Federal e para as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.
 
Para as demais capitais e municípios com mais de 1 milhão de habitantes, o teto passou de R$ 150 mil para R$ 170 mil.

Nos municípios que têm de 250 mil habitantes a 1 milhão de habitantes, o valor foi atualizado de R$ 130 mil para R$ 145 mil. O mesmo vale para outras regiões metropolitanas.

Já nas cidades cuja população varia de 50 mil a 250 mil habitantes, o teto subiu para R$ 100 mil para R$ 115 mil.. Nas demais, passou de R$ 80 mil para R$ 90 mil.

Segundo os conselheiros, o objetivo é corrigir os valores pela inflação e permitir com que o programa continue atendendo demanda da classe média nessas cidades, que tiveram forte aumento no preço dos imóveis. A correção, de 13%, foi com base no INCC (Índice Nacional da Construção Civil) de agosto.

Além do teto maior dos imóveis, o conselho também elevou de R$ 3.100 para R$ 3.275 o limite de renda mensal das famílias que terão direito a subsídio na compra de imóveis. Também foi reajustado de R$ 23 mil para R$ 25 mil o valor do subsídio.

O conselho ainda aprovou a redução da taxa de juros de 8,16% para 7,16% mais TR para as família de renda mensal entre R$ 3.275 e R$ 5.000, a chamada faixa 3 do programa, que quase não tem subsídio. Para essa faixa de renda, o principal benefício é não pagar pelo seguro atrelado ao financiamento.

Foram beneficiadas também com a redução de juros as famílias com renda entre R$ 2.325,01 e 2.455,00, cuja taxa cai de 6% para 5%, e com renda entre R$ 3.100,01 e R$ 3.275,00, que caiu para 6% ao ano.

O conselho se reuniu na tarde desta quinta-feira em Brasília.
FGTS
De acordo com o Ministério do Trabalho, nas transações imobiliárias no âmbito do FGTS, a renda familiar pode chegar a R$ 5.400,00. Nesse caso, porém, a taxa permanece em 8,16% para rendas superiores a R$ 5.000.

"As medidas são importantes para impedir a redução no ritmo da construção civil, pois informações do agente operador Caixa demonstram um recente decréscimo no número de lançamentos imobiliários. Além disso, o conselho observou que as medidas podem ser aprovadas preservando-se a sustentabilidade do FGTS", disse o ministro do Trabalho, Brizola Neto.

Fonte: Folha de São Paulo
Sheila D'Amorim e Toni Sciarretta

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Realize o sonho da casa própria sem o pesadelo das dívidas

A realização do sonho da casa própria nunca foi tão real para milhões de brasileiros, principalmente com facilitadores, como o programa Minha Casa Minha Vida, mesmo com isso, é sabido que o déficit habitacional já era e continua sendo um dos grandes problemas para as famílias brasileiras.

Isto é decorrência de um problema histórico, e dentre os pontos que levaram a ele está a falta de educação financeira. Pois, culturalmente, desde nossos primeiros ganhos sempre aprendemos a consumir e nunca à poupar, e quando poupa somente pensa à curto prazo e não a médio e longo prazo, com isso as alternativas para que este sonho seja uma realidade fica restrita ao financiamento pelo sistema de habitação.

Financiar uma casa própria é uma ótima alternativa, entretanto, é fundamental saber que com ela se estará contraindo uma dívida de valor. Que deverá ser honrada mensalmente. Também é necessário ter em mente que quando se faz um financiamento existem os juros que, somados ao longo do contrato, podem significar o pagamento de duas até três casas.

No caso de pagar aluguel, o financiamento pode ser uma ótima alternativa, deixando de pagar esse valor sem retorno futuro para pagar a prestação de algo que será seu. Se a pessoa não pagar aluguel, uma ótima alternativa é guardar o valor da prestação do financiamento,em qualquer tipo de investimento conservador, assim, em sete ou oito anos poderá comprar a casa à vista e não pagar juros. É preciso entender que o dinheiro aplicado rende juros, enquanto que o financiamento se paga juros.

Um grande problema enfrentado para a realização do sonho de uma casa própria, são as dívidas sem valor, aquelas contraídas nas compras de produtos e serviços que muitas vezes não agregam valor. Estas acabam desequilibrando o orçamento financeiro mensal e com isso perde o foco no bem de valor que é a casa.


Veja alguns passos para se adquirir uma casa própria:

1. Reúna a família e converse sobre este tema, definindo o lugar, valor e as reais condições que se encontram.

2. O melhor caminho para adquirir é poupar parte do dinheiro que se ganha, faça uma simulação em qualquer banco de quanto custaria a prestação deste imóvel e comece a guardarem um investimento conservador como poupança, CDB ou tesouro direto.

3. Analise o valor do aluguel que está pagando e se for o mesmo valor da prestação de um financiamento, poderá ser uma opção financiar o imóvel.

4. Lembre-se que o financiamento de um imóvel é considerada dívida de valor, por isso deve ser protegida e garantida antes de sair pagando as despesas mensais.

5. Cuidado com o valor do imóvel que comprará e veja se o seu valor adéqua-se a seu verdadeiro padrão de vida, muitas vezes não respeitamos nosso padrão.

6. Tenha sempre uma reserva estratégica, em caso de qualquer eventualidade não deixará de honrar este importante compromisso

7. Caso não esteja conseguindo pagar a prestação da casa própria é preciso rever imediatamente os gastos, em especial as pequenas despesas que somadas podem levar uma família ao desequilíbrio financeiro.

* Reinaldo Domingos é educador e Terapeuta Financeiro e autor de diversos livros sobre o tema.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Imóvel do tamanho de mesa de sinuca é posto à venda por R$ 300 mil em Londres

Um apartamento com uma área total equivalente a pouco mais que a área de uma mesa de sinuca foi posto à venda em Londres por 90 mil libras (R$ 294 mil).
 
O imóvel é localizado no bairro de Knightsbridge, uma das regiões mais nobres da cidade, em frente à famosa loja de departamentos Harrods.

O apartamento fica no oitavo andar do prédio, que conta com uma entrada com a presença de um porteiro 24 horas por dia - algo raro na capital britânica.

O site da imobiliária Hunters, responsável pela venda, afirma que o imóvel é "bem localizado e seria uma base ideal (no centro) ou investimento para aluguel".

Menos de uma semana após a publicação do primeiro anúncio de venda, a imobiliária diz já ter recebido mais de 100 consultas e cinco ofertas pelo apartamento, algumas superiores a 100 mil libras (R$ 327 mil).

Armário

O imóvel mede 3,15 metros por 2,54 metros e conta com um chuveiro e um vaso sanitário instalados em um espaço equivalente ao de um armário.

O espaço é suficiente para uma cama de solteiro, que ocuparia grande parte da área disponível.

De pé no centro do único ambiente do apartamento é possível tocar simultaneamente as paredes dos dois lados.

Uma pequena pia, um fogão elétrico de duas bocas e um forno estão instalados logo na entrada.

Há ainda um pequeno armário próximo à porta, único espaço disponível para guardar objetos ou roupas.
 
Buracos e infiltrações
O apartamento não está em condições muito boas, com buracos na porta, infiltrações e fiações expostas.

A imobiliária responsável pela venda acredita, porém, que isso não seja um problema e que potenciais compradores poderão transformar facilmente o local com pouco trabalho.

"Já tivemos algumas pessoas interessadas - alguns advogados, alguns estrangeiros atrás de um pouso em um local nobre de Londres e até gente atrás de local para estacionamento, já que há garagens nesta região sendo vendidas por 200 mil libras (R$ 654 mil)", afirma Matthew Fine, diretor da imobiliária.

O prédio não tem garagem, mas as vagas para estacionamento na rua são reservadas aos moradores.

Mesmo com o preço salgado, os potenciais compradores não terão a posse definitiva do imóvel, já que a venda é somente de um arrendamento de longo prazo, por 85 anos.

O sistema de arrendamento por longo prazo é comum em prédios de apartamentos na capital britânica.
 
 

 
Fonte: BBC Brasil