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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Maior interesse dos bancos por financiamento imobiliário impulsiona expansão do setor

O maior interesse dos bancos pelo financiamento imobiliário, que pode fidelizar o cliente por mais de três décadas, possibilitou o crescimento do setor e deve se manter como motor nos próximos anos se não houver deterioração de variáveis macroeconômicas como emprego, juros, inflação e renda.
 
As duas principais fontes de financiamento do segmento são o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a caderneta de poupança, totalizando R$ 135,7 bilhões no acumulado de 2013 até novembro, superando o montante registrado em todo o ano anterior (R$ 121,0 bilhões).
 
Com o ritmo de expansão atual desse segmento do crédito, o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Octavio de Lazari Junior, projeta que esses recursos serão suficientes até o final de 2015, quando outras fontes devem ganhar fôlego, como o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
 
As dívidas de vários contratos de financiamento imobiliário são transformadas em um papel no mercado de capitais.
 
Para o banco, há a vantagem de receber logo o dinheiro, sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo.
 
Para o investidor pessoa física, é uma boa alternativa de aplicação, já que tanto CRI quanto LCI são isentos de IR.
 
A taxa de retorno varia caso a caso e deve ser comparada com outras opções de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto.
 
Para Ricardo Magalhães, gerente da Cetip, empresa responsável pelo registro desses títulos, essas aplicações tendem a ganhar mais espaço no momento em que a Bolsa de Valores não apresenta bons resultados.

Após boom, preços de imóveis ainda sobem nos principais mercados do país

Logo depois do boom de lançamentos do mercado imobiliário -que teve o pico em 2010 e 2011- e a disparada dos preços, começaram os questionamentos sobre até onde iria essa subida.
 
Mesmo com uma revisão de estratégias por construtoras e incorporadoras que começou em 2012 e prosseguiu em 2013, os preços continuam a subir acima da inflação.
 
Na capital paulista, houve até aceleração na alta, com o crescimento de 21,6% no acumulado até novembro sobre um acréscimo de 10,8% em 2012, segundo pesquisa da empresa de informações imobiliárias Geoimovel.
 
No entanto, o novo Plano Diretor, que deverá entrar em vigor em 2014, gera incertezas. O projeto prevê estímulos à construção de empreendimentos em eixos bem servidos por transporte público, o que, em tese, tornará essas áreas mais baratas, e as distantes, mais caras.
 
"Prever ainda é sinônimo de adivinhar, e o Plano Diretor a gente já viu e discutiu, mas só vai saber lá na frente [depois de aprovado] seu efeito nos preços", diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do SindusCon-SP (sindicato das construtoras).
 
Para Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (sindicado do mercado imobiliário), só há queda em casos pontuais. "Ninguém produz para vender com prejuízo."
Assim como em São Paulo, os preços subiram mais em 2013 do que em 2012 em Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. No Rio e no Recife, os imóveis também ficaram mais caros, mas com alta inferior à do ano anterior.
 
TERRENOS
 
Na avaliação de Sérgio Freire, presidente da imobiliária Brasil Brokers, a dificuldade de achar terrenos é um dos fatores que podem manter esse ritmo acima da inflação no próximo ano.
Já em Brasília, houve uma forte queda de 35,5% (veja texto nesta página) e, em Salvador, os preços tiveram uma leve redução, de 2,9%.
 
Segundo Murilo da Rocha Correia, diretor da Lopes Bahia, existe um número alto de empreendimentos em fase de entrega gerando estoque acima da demanda em alguns bairros. Isso aconteceu porque grandes empresas de capital aberto tinham metas de lançamento que tentaram atingir "de qualquer modo", segundo Celso Amaral, diretor da Geoimovel.
 
Como consequência da oferta maior que a procura, há incorporadoras anunciando promoções agressivas.
 
DESEQUILÍBRIOS
 
Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos de construção civil da FGV (Fundação Getulio Vargas), não há risco de bolha de uma forma sistêmica, mas há alguns mercados com desequilíbrios de oferta e procura.
 
A visão é compartilhada por João da Rocha Lima Jr., coordenador do núcleo de mercado imobiliário da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
 
"Houve em alguns locais um exagero por parte das empresas, que foram construindo sem enxergar a demanda que viria adiante", diz. Um estudo feito pelo seu núcleo indica que Salvador tem estoque de unidades que representa 2,7 vezes a demanda.
 
No segmento de imóveis comerciais, ressalta, a perspectiva é de queda. Na capital paulista, o aluguel de escritórios corporativos recuou 10% no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, segundo pesquisa da consultoria Colliers International com espaços de mais de 100 m² e alugados, em geral, por grandes empresas.
 
Nesse intervalo, a área total disponível para locação quase quadruplicou.
 
A partir de 2012, aponta a consultoria, o mercado saiu de um período de expansão para superoferta, o que levou à redução de preços.
 
Fonte: Mercado / Folha de São Paulo

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Dilma não lançará terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida

SEM PUXADINHO
 
Dilma Rousseff tentou, mas não lançará a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida. Uma das vitrines de sua administração, o programa terá peso na campanha pela reeleição. A presidente chegou a fazer consultas à Caixa Econômica Federal para avaliar a concessão de mais subsídios. Mas à negativa do banco, que avançou mais do que o esperado com recursos às construções, somou-se a preocupação de Dilma em dar um passo adiante sem ter concluído a fase dois do programa.
 
Recorde
Mesmo sem lançar a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida, Dilma deve terminar seu mandato com 2,4 milhões de casas entregues e 600 mil em andamento, totalizando 3 milhões, número que supera em 1 milhão o total de moradias prometidas e que será explorado pelo marketing na campanha.
 
Mais peso
Em três anos de gestão, o programa consumiu R$ 50 bilhões, uma média de R$ 16,7 bilhões por ano. Esse investimento representa 15% do total destinado pela União para habitação.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A Hilton Worldwide traz a marca Hilton Garden Inn para o Brasil

 
A Hilton Worldwide anunciou planos de abrir o primeiro Hilton Garden Inn no Brasil. A companhia assinou um contrato de administração com a HDauff Empreendimentos Imobiliários Ltda para operar o novo hotel Hilton Garden Inn em São José do Rio Preto, São Paulo. O hotel será construído no Georgina Business Park, um centro comercial cujo conceito inovador combina tecnologia de ponta com preservação da natureza, localizado em um ponto estratégico no sul da cidade, que é considerado a área mais valorizada e prestigiada na região de São José do Rio Preto.   
 
“Levar o Hilton Garden Inn ao Brasil é um marco extraordinário para a nossa marca", disse Adrian Kurre, diretor global do Hilton Garden Inn. “Estamos entusiasmados para expandir o portfólio da Hilton Worldwide nesse país, oferecendo a um novo segmento de viajantes os serviços e comodidades do Hilton Garden Inn, que, além de acessíveis, são os melhores na sua categoria." 
   
Com moderno projeto da Ilha Arquitetura Company e decoração de interior da Triplex Arquitetura, o Hilton Garden Inn São José do Rio Preto fará parte do Georgina Business Park, um projeto de multiuso com 12,3 hectares situado a 440 km a noroeste de São Paulo. Além do hotel, o complexo contará com residências, escritórios, restaurantes, galeria de lojas, agências bancárias, um centro de convenções e estacionamento, distribuídos em doze torres comerciais de estilo arquitetônico moderno. O Hilton Garden Inn São José do Rio Preto será o primeiro Hilton Garden Inn no Brasil e o primeiro da modalidade condo-hotéis administrado pela Hilton Worldwide. 
   
“Após anos administrando dois bem-sucedidos hotéis da marca Hilton no Brasil, estamos entusiasmados em ampliar a nossa presença e dar as boas-vindas aos viajantes com o padrão e os serviços que caracterizam o Hilton Garden Inn internacionalmente. Estamos extremamente satisfeitos em trabalhar em parceria com a HDauff Empreendimentos Imobiliários Ltda para levar mais um hotel a esse extraordinário país", disse Danny Hughes, vice-presidente sênior para a Hilton Worldwide, regiões Caribe, México e América Latina. 
   
O Hilton Garden Inn São José do Rio Preto faz parte da marca premiada e de preço médio que oferece alta qualidade e valor e estará localizado a cinco minutos das principais avenidas comerciais e a 15 minutos do centro da cidade e do Aeroporto Prof. Eriberto Manoel Reino. O hotel possibilita também fácil acesso às principais rodovias que conectam as regiões norte e sul do Brasil e à capital do estado de São Paulo. 
   
Os hóspedes do novo hotel Hilton Garden Inn em São José do Rio Preto estarão rodeados de um paisagismo exuberante no meio do ambiente urbano. O Georgina Business Park contará com jardins com plantas nativas e vários lagos e oferecerá tranquilidade e conforto visual aos hóspedes. 
   
O hotel terá 134 quartos, todos com o Garden Sleep System®, que permite que os hóspedes ajustem o nível de firmeza da cama. Os quartos serão também equipados com uma cadeira ergonômica Mirra®, um projeto Herman Miller, televisão LCD de alta definição, despertador fácil de configurar com conexão para MP3, uma escrivaninha espaçosa e um "centro de hospitalidade" com uma minigeladeira e cafeteira. 
   
No restaurante do hotel, situado no andar térreo, os clientes poderão desfrutar de especialidades internacionais em um ambiente informal de frente para a praça central. O hotel terá também a loja Pavilion Pantry®, aberta 24 horas e que oferecerá refeições prontas deliciosas, bebidas e lanches. 
   
As instalações para recreação terão um fitness center para uso gratuito com equipamentos para exercícios de resistência e cardiovasculares e Stay Fit Kits®, equipamentos que podem ser obtidos na recepção do hotel e que permitem que os hóspedes façam ioga, Pilates e exercícios de musculação localizada (core training) na privacidade dos seus quartos ou na academia do hotel. 
   
Os hóspedes do Hilton Garden Inn São José do Rio Preto também terão acesso a espaços para reunião amplos, confortáveis e eficientes e a um lounge para eventos atendendo confortavelmente as companhias da região, além do acesso às ofertas que definem a marca Hilton Garden Inn, como Wi-Fi gratuito e um business center funcionando 24 horas.
O hotel fará parte do Hilton HHonors®, o único programa de fidelidade para hóspedes que permite que os seus membros ganhem pontos e milhas, Points & Miles®, para a mesma estada e resgatem pontos para diárias gratuitas sem Datas de Bloqueio em mais de 4.000 hotéis em todo o mundo. 
   
A Hilton Worldwide possui atualmente dois hotéis no Brasil – o Hilton Belém e o Hilton São Paulo Morumbi – e aproximadamente 60 hotéis e resorts em funcionamento recebendo os viajantes na América Latina.
 
Sobre a Hilton Garden Inn 
   
Hilton Garden Inn é a premiada marca de preço médio que continua empenhada em garantir que os ocupados viajantes de hoje tenham tudo o que necessitem para que suas viagens sejam as mais produtivas possíveis - desde o acesso a Internet cabeada ou sem fio como cortesia em todos os apartamentos e áreas públicas e impressão móvel PrinterOn, até o business center como cortesia, aberto 24 horas, e as mais confortáveis camas Garden Sleep System®. Por isso, sejam viagens pessoais ou a negócios, o Hilton Garden Inn oferece os serviços e comodidades que os viajantes necessitam para dormir profundamente, manter-se em forma, comer bem e trabalhar eficientemente enquanto estão longe de casa. Para obter mais informações sobre as unidades do Hilton Garden Inn em toda América do Norte, Europa e América Central, ou para encontrar o seu próximo destino de viagem, visite www.hgi.com 
   
Sobre a Hilton Worldwide 
   
Hilton Worldwide é uma empresa global líder no setor hotelaria, englobando desde hotéis e resorts de luxo com serviços completos a suítes de estada prolongada e hotéis de preço médio. Há 94 anos, a Hilton Worldwide dedica-se a manter sua tradição, que é oferecer experiências extraordinárias. Seu portfólio de dez marcas globais é composto por mais de 4.000 hotéis gerenciados, franqueados, próprios e arrendados, e propriedades de timeshare, com mais de 665.000 quartos em 90 países e territórios, incluindo: Waldorf Astoria Hotels & Resorts, Conrad Hotels & Resorts, Hilton Hotels & Resorts, DoubleTree by Hilton, Embassy Suites Hotels, Hilton Garden Inn, Hampton Hotels, Homewood Suites by Hilton, Home2 Suites by Hilton e Hilton Grand Vacations. A empresa também gerencia o HHonors®, excelente programa de fidelidade para hóspedes premiado mundialmente.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Meu imóvel ficou pronto. E agora?

Quando a construtora avisa que a obra está concluída e as chaves do imóvel serão entregues, é comum que o compradores festejem e fiquem ansiosos para morar no imóvel. Mas, antes de tudo, existe uma etapa de extrema importância: a vistoria. É neste dia que o comprador conhece seu imóvel pronto e, mais do que isso, tem  oportunidade de avaliar se tudo está em conformidade com aquilo que foi prometido no ato da compra e se não existe nenhum defeito que precise ser corrigido. No texto abaixo, dou algumas dicas sobre o que é essencial observar no dia da vistoria para não ter problemas no futuro.
Chegou a hora tão sonhada do recebimento das chaves. A construtora convoca o comprador para realizar a visita técnica e formalizar o recebimento da unidade.
É neste momento de alegria que o comprador precisa tomar muito cuidado e controlar a ansiedade, para evitar o recebimento do imóvel com problemas, que posteriormente dificilmente serão solucionados.
Quando convocado para realizar a vistoria, o cliente normalmente recebe uma carta com as regras que em geral limita em duas pessoas o número de visitantes e estabelece o tempo que o comprador pode permanecer no imóvel. Somente a unidade é visitada e o comprador não pode circular pelas áreas comuns.
Apesar das limitações estabelecidas unilateralmente, o comprador pode, e é aconselhável, ir acompanhado também de um engenheiro ou arquiteto, com conhecimentos técnicos de construção e que pode apontar problemas que uma pessoa leiga não consiga enxergar.
O comprador não pode sentir-se pressionado e deve usar todo o tempo que lhe for necessário para checar todos os itens cuidadosamente, e qualquer inconformidade deve ser anotada na ficha de vistoria da forma mais detalhada possível. Uma câmera fotográfica e o jornal do dia ou revista da semana são itens essenciais. Isso porque ao fotografar o jornal do dia dentro do imóvel, o cliente consegue provar que naquele dia estava presente na vistoria.
Caso não esteja acompanhado de um profissional, o comprador precisa analisar se as louças e vidros estão em perfeita ordem, sem trincas, arranhões ou rachaduras. O mesmo se aplica a pisos e azulejos, que também merecem reparo nos rejuntes e algumas batidas em pontos diferentes para percepção de eventuais espaços ocos.
Portas e janelas precisam fechar com perfeição e sem esforço, e as esquadrias devem estar sem marcas e bem colocadas. As paredes devem estar retas e bem pintadas, com os cantos bem acabados.
Espelhos dos interruptores precisam ser conferidos um a um, assim como devem ser testadas todas as tomadas e pontos elétricos. Se algum ponto não puder ser testado, essa ressalva deve constar na ficha de vistoria.
Torneiras, registros e descargas também devem ser testadas e aquelas que estiverem sem funcionamento também devem ser apontadas na ficha. Além disso, é preciso verificar se estão em ordem e sem riscos ou manchas.
Manchas devem ser observadas também nos balcões de mármores ou granitos, assim como em soleiras, azulejos e pisos. Falando em pisos, jogar uma caneca de água na cozinha, lavanderia, banheiros e varanda é essencial para checar se o nível está correto e se a água escoa para os ralos. Qualquer anormalidade precisa ser anotada.
Tudo que estiver em desacordo precisa ser anotado e, se possível, fotografado. Algumas fotos devem ser tiradas com um jornal ou revista recentes, para comprovar que naquela data existiam aqueles problemas. Não economize em fotos, fotografe tudo, até a pessoa que estiver acompanhando a vistoria pode fazer parte do álbum.
Nunca aceite nenhuma promessa verbal de conserto de itens em desacordo. Normalmente, o representante da construtora promete uma rápida solução se a ficha não tiver ressalvas, alegando que se não for aprovado levará muito tempo para os consertos ocorrerem de maneira formal. Jamais caia nessa conversa, porque depois não há como reclamar.
Depois de feita a vistoria, peça que o representante da empresa que o acompanhou coloque seu nome e assine a ficha e tire uma foto do dos papéis. Apesar de ser um documento que interesse às duas partes, as empresas em regra não fornecem cópia nem permitem que o cliente as leve para serem copiadas, obviamente para dificultarem as reclamações futuras.
Seja exigente em todos os itens e segure a ansiedade. É melhor uma demora na entrega do que um problema eterno.

Fonte: Marcelo Tapai

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FGTS terá R$ 21,5 bi para habitação popular em 2014

 
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá 21,5 bilhões de reais em 2014 em seu orçamento para concessões na área de habitação de financiamentos a pessoas físicas ou jurídicas. O único limitador é que, para se beneficiar do crédito, as famílias precisam ter renda mensal bruta limitada a 3,275 mil reais, passíveis de enquadramento no Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), integrantes do Minha Casa, Minha Vida. A informação consta em Instrução Normativa publicada pelo Ministério das Cidades no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
 
O normativo diz ainda que a aplicação dos recursos destinados à concessão de descontos nos financiamentos a pessoas físicas observará os seguintes dispositivos: 6 bilhões de reais serão destinados à produção ou aquisição de imóveis novos, enquadrados no PNHU, integrante do Minha Casa, Minha Vida. Outros 900 de reais milhões serão destinados a financiamentos de imóveis em áreas rurais, também enquadrados no PNHU e integrante do Minha Casa, Minha Vida. Além disso, outros 2 bilhões de reais para aplicação em financiamentos que não possuam enquadramento nos programas especificados anteriormente.

Seguro Residencial

O segmento de seguros residenciais deve avançar 26% neste ano, segundo projeção da CNseg (Confederação Nacional de Seguradoras).
 
O desempenho é melhor que o da categoria como um todo –de risco patrimonial– e também superior ao de automóveis e ao de ramos elementares (outros bens).
 
"O seguro residencial apresentou uma expansão acelerada porque é barato e ainda tem baixa penetração", diz Marco Antonio Rossi, presidente da entidade.
 
Menos de 10% das casas brasileiras estão protegidas, e o aumento anual médio do produto é superior a 20%, segundo Rossi.
 
Para 2014, a estimativa de incremento do setor é de 15% em prêmios (valores pagos pelos clientes às empresas), enquanto o bloco de seguros patrimoniais deve apresentar alta de 12%.
 
"As empresas estão dando mais espaço para esse produto, porque ainda há muito a ser explorado", afirma o executivo.
 
O mercado segurador fechará o ano com crescimento de 14% e arrecadação total de R$ 290,6 bilhões.
 
Fonte: Mercado Aberto / Folha de São Paulo

Empresa de shoppings avança na região Sul

O M.Grupo, que atua nos setores de shoppings e hotéis no Rio Grande do Sul, entrará nos mercados de Santa Catarina e Paraná em 2014.
 
Com R$ 85 milhões, a empresa irá comprar participações em dois centros de compras –um em cada Estado.
 
Entrar em negócios já em operação é o novo modelo de crescimento da companhia.
 
"Estamos indo para cidades que têm apenas um shopping familiar. Adquirimos partes deles até passar de 50% e podermos administrá-los", diz o presidente do grupo, Lorival Rodrigues.
 
A estratégia foi adotada para acelerar o ritmo de expansão: "Construir demora muito", afirma.
No final de novembro, a empresa comprou parte de um shopping em Canoas (RS). Neste mês, concluiu a negociação de um empreendimento em Bento Gonçalves, na serra gaúcha.
 
Os nomes das cidades paranaense e catarinense onde entrará ainda não podem ser revelados por questões contratuais. Uma é capital e outra tem população ao redor de um milhão de habitantes, adianta Rodrigues.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Feijoada, uísque e brigadeiro ajudam empresas a vender imóveis

"Visite-nos neste fim de semana e ganhe uma garrafa de uísque." "Venha provar pizzas." "Saboreie deliciosos sorvetes." "Aproveite a melhor feijoada de São Paulo."
 
Convites como esses são feitos, todas as semanas, em jornais de grande circulação. Não se trata, no entanto, de propaganda de restaurantes ou bares. Incorporadoras e imobiliárias é que usam a tática para tentar vender imóveis.
 
Estandes de lançamentos residenciais e comerciais sediam grandes eventos nos fins de semana, quando os consumidores têm mais tempo para visitar imóveis decorados.
 
Para tentar fazer com que eles fiquem mais tempo no estande e, quem sabe, até saiam de lá com o contrato assinado, as empresas do ramo fazem de tudo para agradar aos seus paladares.
 
"O tempo que o consumidor passa dentro do estande pode variar de meia hora até quatro horas, caso ele assine contrato. Ações como essas ajudam a deixar o clima mais alegre e movimentar o plantão de vendas", diz Paola Alambert, diretora de marketing da Abyara Brasil Brokers.
 

Degustações nos fins de semana

 
A empresa faz parcerias com grandes marcas para promover degustações nos fins de semana. Sorvetes Diletto, doces da Brigaderia e até a tradicional feijoada do restaurante Bolinha foram servidos recentemente em diferentes estandes montados em São Paulo.
 
Em alguns casos, a opção é por dar brindes aos visitantes, como garrafas de uísque Johnnie Walker Red Label e kits com cremes e sabonetes da marca L'Occitane.
 
Tudo isso sempre num ambiente bem decorado, com música alegre e ar-condicionado. "Já que o consumidor se deslocou e foi até lá, tentamos aproveitar ao máximo a visita dele", afirma Paola Alambert.
 
A ideia, diz ela, é que a visita se torne um passeio para a família.
 
Vinhos, espumantes e brigadeiros
 
"Promover um evento faz com que a visitação aumente e automaticamente as chances de venda crescem", diz Bernardo Bonilha, superintendente de atendimento da Lopes.
 
A pedido das incorporadoras com as quais trabalha, a Lopes já promoveu lançamentos de imóveis com degustação e brigadeiros, vinhos e espumantes.
 
O retorno, diz Bonilha, costuma compensar o investimento. Mesmo que, eventualmente, apareçam pessoas mais interessadas nos mimos do que nos imóveis à venda.
 
"Às vezes o evento acaba atraindo pessoas que não estão interessadas no imóvel, mas elas não são maioria", afirma.
 
Paola Alambert, da Abyara, também diz que os "aproveitadores" são minoria. "O consumidor não vai a um plantão de vendas ou decide comprar um apartamento porque vai ganhar uma garrafa de uísque. Um ou outro pode até ir por causa disso, mas são poucos."
Para evitar esse tipo de público, no entanto, os anúncios avisam: só tem direito ao brinde ou à degustação quem passa pelo atendimento de um corretor.
 

Ações variam de acordo com o empreendimento

 
As ações de marketing feitas nos estandes de vendas costumam ser elaboradas em conjunto por incorporadoras, imobiliárias e agências de publicidade, e variam de acordo com o tipo de imóvel à venda.
 
O uísque é um dos brindes mais usados no lançamento de salas comerciais. Pizza é uma oferta comum no lançamento de prédios residenciais com apartamentos grandes, destinados a famílias.
 

Brindes podem induzir a comprar imóvel, diz psicanalista

 
Seja qual for o mimo oferecido no evento, ele aumenta a chance de o consumidor, mesmo aquele que foi lá apenas por curiosidade, sair de lá com o contrato assinado, diz Márcia Tolotti, consultora em educação financeira e psicanalista.
 
"É uma experiência que envolve todos os aspectos da pessoa. No âmbito emocional, ela come bebe, ouve música, tem uma sensação prazerosa. No âmbito social, ela se sente parte de uma elite, que não é para todos. No âmbito cultural, ela acha que está progredindo, sua cidadania atinge um patamar diferente. E, no âmbito econômico, se sente com poder", diz Márcia Tolotti.
 
Diante de tantas seduções, é mais difícil dizer "não", afirma a psicanalista. É um efeito semelhante, diz ela, ao que os apartamentos decorados já provocam em potenciais compradores, ainda que em menor intensidade.
 
"Existe uma onda parecida agora nas escolas que oferecem cursos diferenciados. Algumas escolas permitem que, durante as aulas, os alunos possam tomar cerveja e outras bebidas. Entre uma escola tradicional e uma assim, essa parece muito mais atraente."
 
Para Helton Haddad Carneiro da Silva, professor de marketing da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), esse tipo de estratégia deve crescer entre as empresas, diante do ritmo menor registrado pelo mercado imobiliário no país.
 
Dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) mostram que, de janeiro a outubro deste ano, 27.751 imóveis novos residenciais foram vendidos na capital. É mais do que a quantidade registrada no mesmo período de 2012 (21.176), mas inferior, ainda, às unidades vendidas entre janeiro e outubro de 2008 (29.410), um dos melhores anos recentes do setor.
 
"O mercado não está com a aquela energia que estava há alguns anos. Hoje, a dificuldade de encontrar compradores é maior. Isso faz com que as empresas que atuam nesse mercado trabalhem mais com promoções", diz Silva.
 
Fonte: Aiana Freitas / UOL SP

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Gafisa atinge meta de lançamentos

A Gafisa cumpriu, até 15 de dezembro, o piso da meta de lançamentos consolidados para 2013, cuja faixa projetada ia de R$ 2,7 bilhões a R$ 3,3 bilhões. Ainda há um lançamento previsto de Alphaville Urbanismo e outro de Tenda para este ano. Conforme o presidente da companhia, Duilio Calciolari, o Valor Geral de Vendas (VGV) deve ficar um pouco acima de R$ 2,8 bilhões em 2013. No ano passado, a companhia lançou R$ 2,95 bilhões.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Prédios desativados da Vasp e Varig, no Rio, vão virar shopping

Os dois prédios desativados ao lado do aeroporto Santos Dumont, que já abrigaram as sedes das companhias aéreas Vasp e Varig, serão transformados em um conjunto com centro de convenções, hotel, escritórios comerciais e um shopping.

A GJP, empresa que adquiriu a concessão da área de 13.200 metros quadrados, já definiu o projeto que prevê um investimento de R$ 240 milhões. As fachadas dos dois prédios serão restauradas.

O novo empreendimento fica a menos de dois quilômetros de distância da Marina da Glória, escolhida para abrigar um complexo comercial idealizado pelo empresário Eike Batista, que desistiu do negócio e repassou a concessão da área.

"Nós estamos chegando para suprir esta lacuna diante das dúvidas em torno da Marina da Glória", disse Paulo Stewart, presidente executivo do Grupo Saphyr, contratado para conduzir a comercialização e a gestão das lojas e escritórios.

Batizado de Bossa Nova Mall, o shopping com 41 lojas vai ocupar subsolo, térreo e o primeiro pavimento do empreendimento que terá conexão com os terminais de embarque e desembarque dos Santos Dumont.


Uma área de 4.800 metros quadrados será alugada a salas comerciais. O centro de convenções terá capacidade para receber até 800 pessoas, enquanto o hotel (ainda sem uma bandeira definida) somará 290 quartos.

"Além dos passageiros do Santos Dumont, queremos atrair também o público que circula pelo centro do Rio", ressaltou Stewart.

Para seguir do centro até o Santos Dumont, o pedestre deve atravessar a passarela que cruza a pista do Aterro do Flamengo e conecta a avenida Beira Mar ao Museu de Arte Moderna, situado ao lado do aeroporto.

Em razão dos problemas de segurança constatados neste trajeto, os investidores pediram ajuda das autoridades.

"Precisamos de segurança nessa área que é pública. Já levamos essa preocupação ao prefeito e ao governador, que demonstraram todo o interesse em apoiar o nosso projeto", acrescentou Stewart.

A GJP adquiriu a gestão do espaço anexo ao Santos Dumont por 25 anos. A concessionária pertence ao empresário Guilherme Paulus, mais conhecido como fundador da agência de viagens CVC. Em 2010, ele vendeu o controle da CVC ao Carlyle Group. Com a GJP, passou a investir principalmente em empreendimentos na rede hoteleira do país.

O plano da GJP é iniciar a obra em fevereiro de 2014 e inaugurar o complexo comercial no primeiro semestre de 2015.

Fonte: Folha de São Paulo / Fabio Brisolla

Imóvel usado requer mais cuidados com estrutura; veja dicas de especialistas

Imóveis antigos têm a vantagem de serem maiores do que os lançamentos recentes e custarem menos em comparação com novos do mesmo tamanho, mas é preciso prestar atenção à estrutura do apartamento e ao estado de conservação do prédio antes de fechar o negócio.
 
A pesquisadora Ana Moraes Coelho, 28, conta que visitou mais de 30 imóveis antes de optar por um apartamento na Consolação, no centro da capital paulista, da década de 1970.
 
A planta bateu com tudo o que ela queria em sua casa: janelas amplas, quartos espaçosos e uma cozinha que permitisse receber os amigos em casa.
 
Por isso, não hesitou em gastar R$ 120 mil para reformar o apartamento de 112 m² que comprou por R$ 610 mil. "Troquei toda a parte elétrica e hidráulica, que era a mesma desde que o prédio foi construído", conta.
 
O engenheiro Victor Ventura, da Ventura Consultoria, destaca que a fiação é um dos principais pontos a se ficar atento, por isso recomenda checar se não há fios expostos e como está a situação do quadro de luz --se não há sinais de curto-circuito, por exemplo.
 
A idade da fiação também deve ser levada em conta. "Depois de um tempo, o plástico que protege os fios começa a ficar quebradiço."
 
Verificar a situação das madeiras também é importante, pois podem ter infestação de cupins. "O comprador consegue ter uma ideia apenas batendo, para ver se está oca."
 
Os apartamentos de último andar merecem atenção redobrada, já que as infiltrações são mais comuns. É necessário desconfiar mesmo quando não há manchas aparentes.
 
"Para vender, a pessoa dá um banho de loja, faz uma pintura, e isso disfarça as infiltrações", alerta.
Por conta de questões como essa, é recomendável contratar um especialista para fazer uma vistoria.
"Não é um serviço caro e, muitas vezes, é o negócio da vida da pessoa, então é importante que ela tenha esse cuidado", diz Marco Dal Maso, diretor da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). O serviço custa cerca de R$ 200 por hora.
 
Fonte: Folha de São Paulo - Mariana Desiderio
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Manutenção de prédio antigo pode gerar taxas extras

Além de verificar a situação do apartamento, quem pretende comprar um imóvel antigo precisa observar como está a conservação do edifício. É comum que moradores desses prédios acabem tendo gastos extras com obras de manutenção.
 
O novo dono deve estar preparado para contribuir para viabilizar obras na fachada, melhoria nos elevadores ou limpeza da caixa-d'água, por exemplo. Uma boa dica é se informar, antes da compra, se há algum rateio previsto.
 
"Às vezes, o proprietário atual antecipa a venda justamente para não precisar pagar essa taxa extra", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho regional de corretores de imóveis do Estado).
 
Também é bom checar se o condomínio tem um fundo para despesas mais urgentes. O prédio da dona de casa Tatiana Souza do Nascimento, 36, tem essa reserva. Ela comprou um imóvel usado na Saúde, na zona sul da capital paulista, neste ano. Pouco depois da mudança, um cano estourou em um dos blocos. "Teve que fazer uma reforma, mas não houve cobranças a mais", conta.
 
Mas nem sempre comprar um imóvel antigo é sinônimo de gastos extras. A presidente da Abadi (Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis), Deborah Mendonça, ressalta que "existem prédios que estão em perfeito estado porque tiveram uma boa manutenção ao longo do tempo". "Nesses casos, não há despesas maiores para os proprietários", afirma.
 
PASSEIO
 
Para saber se a manutenção do prédio está em dia, é recomendável que o comprador faça um passeio pelo local, de preferência acompanhado pelo zelador.
 
"É importante verificar a pintura, perguntar se tem umidade nas paredes e olhar se o subsolo está bem conservado", aconselha Marco Dal Maso, diretor da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).
 
Outra sugestão é conversar com o síndico e com a administradora do prédio para saber o histórico de obras. "Olhando o que já foi feito você pode ter uma ideia do que está por vir", afirma.
 
Dal Maso alerta ainda para a questão da política interna do edifício. "É difícil uma pessoa entrar no prédio e querer mudar tudo. Os outros proprietários também têm que querer."
A pesquisadora Ana Moraes Coelho, que comprou um apartamento da década de 1970 na capital paulista, está lidando com esse problema.
 
Ela conta que o prédio foi construído por um empreendedor e deixado como herança para as filhas dele. "Somente agora é que estão entrando proprietários de fora da família, então ainda não temos reunião de condomínio, por exemplo", afirma.
 
CONDOMÍNIO
 
O valor do condomínio de um prédio antigo não é tão diferente do de um novo porque a maioria dos lançamentos tem uma série de serviços que não existem no edifício mais velho, como academia, piscina, sauna e jardim.
 
"Os prédios construídos de dez anos para cá são verdadeiros clubes, e gasta-se muito dinheiro para manter essa estrutura. Os mais antigos não têm isso, então a taxa condominial acaba ficando mais baixa", afirma o presidente do Creci-SP.
 
Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

6 perspectivas para o mercado imobiliário brasileiro em 2014. Núcleo de Real Estate da USP fala de preços, perfil e vendas de imóveis no ano que vem

SÃO PAULO – No último dia 21 de novembro, o comitê de mercado do NRE-Poli (Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP) se reuniu para debater as expectativas dos membros e de um conjunto de empresários e executivos do mercado para o setor imobiliário em 2014.
Abaixo, as principais conclusões para o mercado residencial de imóveis no Brasil no ano que vem.
1 – Preços dos imóveis devem cair em algumas regiões.

De acordo com o relatório do Comitê, divulgado na última quinta-feira (5), em 2014, os preços dos imóveis devem cair em algumas regiões do país. A queda deve ser observada, especialmente, nas capitais onde os estoques de imóveis são muito altos, em relação à demanda. Como exemplos, o relatório cita as cidades de Manaus, onde o estoque é aproximadamente três vezes maior que a demanda; Salvador, que tem estoque perto de 2,7 vezes a demanda; além de Brasília, Vitória (ES) e de algumas cidades do Centro-Oeste, que já estariam mostrando quedas de preços devido ao excesso de estoque contra a demanda e também pelo fato de que algumas empresas estariam abandonando esses mercados e liquidando estoques. 
2 – São Paulo e Rio de Janeiro, contudo, devem continuar observando alta.

Ainda que uma parte das cidades brasileiras observem quedas nos preços em 2014 e, na média nacional, a maior parte dos membros do Comitê acredita que os valores dos imóveis deverão variar em taxa equivalente ou ligeiramente inferior à observada em 2013, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro não devem acompanhar tal comportamento.
Em São Paulo, os preços devem sofrer o impacto do Plano Diretor Estratégico. O comitê acredita que os preços dos terrenos na capital paulista podem sofrer crescimento acentuado, o que, combinado com o novo patamar de outorga onerosa (pelo crescimento expressivo dos valores dos terrenos na planta geral de valores – valor venal) deve impactar pra cima os preços dos lançamentos.
 
Já no Rio de Janeiro, o bloqueio de aprovações em áreas de expansão da cidade é um dos fatores do encarecimento. “A escassez de áreas para novos empreendimentos pode provocar aumento de preços de terrenos, impulsionando os preços dos imóveis no lançamento, que acabam servindo de benchmark para o mercado.”
 
3 – No geral, os preços dos terrenos devem continuar impactando os preços dos imóveis.

No geral, quando se fala dos fatores que mais influenciam os preços dos imóveis, em 2014, a combinação de terrenos e outorgas onerosas devem continuar sendo os mais expressivos na formação dos preços. Em seguida, de acordo com o relatório, aparecem: custos de construção, custos do capital investido (efeito da taxa referencial de juros para cima), margens de segurança na formação dos preços ofertados e crescimento das margens de resultado dos empreendedores.
Para este ano, a análise ficou da seguinte forma: 66% dos consultados creditam a alta dos preços dos imóveis em 2013 aos fatores estruturais (terrenos, outorgas onerosas e custos de construção); 17% responsabilizam a imposição de margens de segurança; 11% dizem que foram os custos do capital investido e 6% opinam que as margens de resultado foram as responsáveis pelo aumento dos preços este ano.
4 – Perfil dos imóveis não deve mudar.
 
Segundo 97% dos consultados para a elaboração do relatório, o perfil dos imóveis lançados em 2014 devem manter as mesmas características apuradas em 2013, “com eventual ajuste para baixo”. Ainda de acordo com o documento, a alternativa de diminuir o tamanho das unidades, para ajustar o preço do imóvel à capacidade de pagamento do mercado, estaria se esgotando.
Entretanto, há evidências de que em grandes centros metropolitanos, os produtos menores não devem desaparecer. Isso porque eles seriam necessários para atender à formação de famílias com menor número de filhos e do crescente número de idosos buscando modelos mais adequados ao momento de vida.
Por outro lado, em localizações mais afastadas dos pólos de trabalho verifica-se a tendência de imóveis com dimensões mais confortáveis. Isso também acontece em cidades satélites nas regiões metropolitanas e em cidades conhecidas como dormitórios, como é o caso de Guarulhos em São Paulo.
5 – Velocidade das vendas deve ser mais moderada.

Conforme o relatório, a velocidade de absorção dos empreendimentos residenciais, em 2014, acompanhará o desempenho de 2013, com viés para baixo. O motivo é que muitas empresas têm optado por vendas mais lentas e preços mais sustentáveis.
No que diz respeito à oferta em número de unidades, o documento também aposta em padrão equivalente a 2013. A ressalva seria a cidade de São Paulo, que pode apresentar contração por conta dos preços dos terrenos da reação dos empreendedores ao Plano Diretor estratégico.
Já sobre a demanda, 75% dos consultados opinam que a busca por imóveis residenciais em 2014 manterá padrão equivalente ao crescimento populacional.
 
6 – Crédito imobiliário deverá espelhar 2013.

Por fim, as previsões para o crédito imobiliário para aquisição é de que a busca, no ano que vem, deve continuar no mesmo patamar de 2013. Segundo os corretores, a proporção de transações percebidas no mercado é de um para três.
Fonte:  Glayds Ferrraz Magalhães  

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Retrofit recupera imóveis antigos do Centro de São Paulo e mantém design

O arquiteto Guilherme Thomé e a mulher, a designer de interiores Andressa de Souza, moram no Centro há oito anos. O casal não tem carro e dispensa as facilidades dos novos empreendimentos imobiliários, como piscinas e academias. Por isso, um prédio da década de 1940 que passava por retrofit lhes pareceu uma boa opção. “Não queremos abandonar o Centro.”
Retrofit é uma reforma em imóveis antigos que restaura as estruturas e mantém, em boa parte dos casos, o design original. Foi assim com o prédio de Guilherme e Andressa, na Rua Amaral Gurgel, em Santa Cecília. Foram trocados pisos, escadarias e tubulações. “É como se fosse um apartamento novo”, conta o arquiteto.
A Centro Vivo, incorporadora responsável pela obra, reformou dez edifícios nos últimos cinco anos. Em média, os preços desses imóveis são 20% inferior a empreendimentos novos.
Segundo um dos sócios da empresa, Henrique Staszewski, a região do Centro atrai um novo perfil de clientes. “Há cinco anos, nosso público era da periferia. Hoje, predominam profissionais liberais e empresários.”
Os apartamentos que passam pela reforma, em geral, valorizam em 10% seu preço. “Além disso, a medida pode reduzir o consumo de energia elétrica em 40%”, afirma Angélica Arbex, da Lello Condomínios.
A aposentada Ruth Oliveira mudou-se há dois anos para um prédio que passava por reformas. Na época, ela voltava de Itaquera após 22 anos longe da região central. “Aqui tenho facilidade de locomoção”, destaca.
Além da vantagem de os prédios antigos serem maiores, Ruth, que também é síndica, diz que a reforma reduziu a zero os problemas típicos de construções envelhecidas.

Mercado se divide entre estabilidade e alta de preços no Centro da capital

O ritmo do incremento dos preços na região divide especialistas e representantes do mercado. O vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, aposta na estabilização de preços a curto prazo. “O investidor tem de tomar cuidado, a capacidade de aumento ainda maior dos preços é pequena”, diz.
O diretor de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, Mark Turnbull, acredita que a oferta, com os novos empreendimentos, vai aliviar a procura por aluguéis. “Nos próximos três anos muitos apartamentos serão entregues, e de 20% a 25% vãopara a locação”, afirma.
Os incorporadores e compradores, entretanto, estão otimistas. “A cara do Centro vai ser mudada pelos novos empreendimentos”, diz a diretora de Incorporação da You,Inc, Alessandra Calefo. O diretor de Negócios da incorporadora, Ricardo Laham, defende que a valorização apenas começou. “O valor do metro quadrado ainda é a metade do valor médio da cidade.”
A incorporadora também teve um bom retrospecto com a venda do condomínio New Way. Localizado em na Rua do Glicério, o prédio teve as unidades de 1 a 3 dormitórios (de 37 a 55 m²) vendidas em um mês. Na área externa, o empreendimento tem toda a infraestrutura que normalmente vem sendo oferecida no Centro: piscina, quadra, espaço gourmet e academia. 

Região central de São Paulo mantém apelo por oferecer praticidade e mobilidade

A vida de estudante fez com que Jennifer Winter trocasse, em 2011, a tranquilidade da casa dos pais em Santos, no litoral paulista, pela agitação do Centro de São Paulo. De onde mora, ela vai a pé para a faculdade, para a academia e para o supermercado mais próximo. “Não preciso passar pela correria de quem pega ônibus, metrô”, diz. Jennifer faz parte de um grupo que busca praticidade e facilidade de locomoção e, por isso, engrossa a demanda por moradias no Centro.
De olho nesse público e na revitalização da região, incorporadoras investiram em ao menos nove empreendimentos nos últimos cinco anos. O número de novas unidades oferecidas chega a 1.365. Atualmente, incorporadoras como You,inc, Brookfield e Stan lançam empreendimentos arrojados no local, sempre dentro da lógica de metragem pequena e do conceito de “mixed use”, que une residenciais, serviços e salas comerciais.
Nos últimos cinco anos, o metro quadrado para aluguel de um quarto no bairro, que valia no mínimo R$17,21, chegou a R$28,52 em 2013. “Há interesse muito forte da Prefeitura e do Estado em revitalizar o Centro para a moradia e comércio”, analisa o diretor de Gestão Patrimonial e Locação do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Mark Turnbull.
O programa Casa Paulista e as próprias diretrizes constantes da proposta do novo Plano Diretor Estratégico da cidade procuram transformar o Centro cada vez mais em uma região também residencial. Hoje, as incorporadoras veem a área com outros olhos, segundo a diretora de Incorporação da Stan, Leila Jacy. A empresa é responsável pelo Motion, entre as ruas Martim Fontes e Avanhandava. Lançado em maio deste ano, o empreendimento já teve 96% das unidades vendidas segundo ela. Para Leila, quem comprou apartamento no Centro há cerca de cinco anos, agora colhe os frutos da valorização.
Mesmo dentro do público que busca praticidade e mobilidade, há perfis diferentes. “Há famílias do segmento popular na Luz e na Liberdade, e os solteiros convictos de classe média alta que compram na região da Augusta”, afirma o vice-presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto.
Os novos empreendimentos, diz, têm perfil geralmente vinculado a jovens: são apartamentos de um quarto, de em média 49 m². Entre os atrativos para as novas gerações estão a ampla oferta cultural, a rede de transporte público e a proximidade com universidades.
Classe média. “A região atrai jovens de classe média alta que saem da casa dos pais e o público GLS, além de viúvas e idosos”, diz Viana Neto.
Para a diretora de Incorporação da You,Inc, Alessandra Calefo, a mobilidade explica porque muitos dos moradores do bairro vêm de fora da cidade. Segundo ela, boa parte deles não permanece por muito tempo nas unidades.
“O Centro é bom para o investidor, pois há uma procura grande para locação. É um apartamento que nunca vai ficar vazio”, diz Alessandra. Recentemente, um empreendimento da incorporadora na Rua da Palmeiras, em Santa Cecília, foi totalmente vendido em uma semana, segundo Alessandra.
Outro exemplo de boa procura é o Ca’d’oro, da Brookfield. O hotel cinco estrelas da década de 1950, que passou por um processo de decadência nos anos 1980, vai dar lugar a um edifício de uso misto. Segundo o diretor de Negócios da incorporadora, Ricardo Laham, as 900 unidades foram vendidas em um fim de semana. O imóvel fica pronto no fim de 2014.“Tinha um aspecto emocional, de memória da cidade. No dia do lançamento, as pessoas estavam comprando um pedaço da história.”
A economista Ana Clara Rodrigues, de 34 anos, é uma das pessoas que compraram uma unidade. Ela considera a aquisição um investimento. Caso a região, no futuro, ofereça mais pensa em entregar as chaves para sua mãe, que hoje mora com Ana em Moema. Se não, acredita que vai lucrar com uma possível venda ou aluguel da unidade alugada. “Comprei ali porque acho que o Centro está crescendo muito e tenho certeza que em Moema, Vila Nova e Itaim não há mais onde construir”.
 
Fonte: Carina Bacelar / O Estado de São Paulo

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Crédito imobiliário com recursos da poupança crescerá até 20% em 2014

SÃO PAULO  -  O financiamento imobiliário com recursos da poupança crescerá de 15% a 20% em 2014, afirma o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior.
“A projeção conservadora da Abecip é que o crescimento será de 15%, mas acredito que a expansão poderá avançar até 20%”, disse Lazari. Ele acrescentou que 2014 tende a “ser um ano bastante especial e positivo para todos do setor imobiliário”.
Lançamentos
Para este ano, o presidente da Even Construtora e Incorporadora, Carlos Eduardo Terepins, projeta recorde de lançamentos em São Paulo, por conta do grande volume esperado para o quarto trimestre.
“Tenho a impressão de que vamos bater o recorde no ano, mas com redução da velocidade de vendas, devido ao grande volume de lançamentos no final”, disse Terepins.
No acumulado de nove meses, o volume de lançamentos do mercado em São Paulo foi “sensivelmente superior” ao do mesmo período de 2012, segundo Terepins, com expansão das vendas de praticamente 50%.
Ele defendeu que as incorporadoras, não só as de capital aberto, precisam ter foco em gestão, em controle e nos clientes.
Terepins afirmou também que os proprietários de terrenos em São Paulo já estão “subindo, expressivamente”, os preços devido ao novo plano diretor do município.
 Fonte: Chiara Quintão / Valor Econômico

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Não há risco de bolha imobiliária no Brasil, afirma Sinduscon-SP

SÃO PAULO  -  Não há riscos de bolha imobiliária no Brasil, porque o cenário do país é muito diferente daquele dos Estados Unidos há alguns anos, considerou o vice-presidente de economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan. Não há, por exemplo, de acordo com Zaidan, descasamento do valor do imóvel com o do financiamento, e a segunda hipoteca não é comum.
 
Na avaliação da coordenadora de projetos de construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ana Castelo, o que ocorre são micro bolhas, em mercados em que um grande número de investidores comprou imóveis na planta com o objetivo de revendê-los com expressiva valorização quando fossem concluídos. “Onde a bolha foi mais forte, chegou a estourar, como é o caso de Brasília”, disse a representante da FGV. Brasília é um dos mercados em que o setor registrou maior volume de estoques.
 
Conforme Zaidan, os preços dos imóveis vão subir de acordo com a inflação média e com a produtividade da renda real, em 2014, e não tanto quanto no passado. "Ainda aposto num vigor para 2014 no mercado imobiliário em São Paulo e no Rio de Janeiro", disse Zaidan.
 
O presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, citou que já ocorreu a fase de excesso de estoques em São Paulo e que os lançamentos estão voltando a crescer. "O mercado imobiliário é muito resistente. Não vai ocorrer queda nominal de preços", disse Watanabe.
 
Em relação ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o presidente do Sinduscon-SP afirmou que não há previsibilidade do que irá ocorrer após as eleições. "O governo entende que não precisa dar essa previsibilidade para o investidor", disse Watanabe. Segundo ele, essa é a razão pela qual não há empreendimentos imobiliários no Brasil no porte dos que ocorrem no México.